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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Três planetas do tamanho da Terra descobertos em um sistema binário compacto

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Impressão artística de TOI-2267. Crédito: Mario Sucerquia (Universidade de Grenoble Alpes). Uma equipe internacional de pesquisadores acaba de revelar a existência de três planetas do tamanho da Terra no sistema estelar binário TOI-2267, localizado a cerca de 190 anos-luz de distância. Esta descoberta, publicada na Astronomy & Astrophysics , é notável, pois lança nova luz sobre a formação e a estabilidade de planetas em ambientes de estrelas duplas, que há muito tempo são considerados hostis ao desenvolvimento de sistemas planetários complexos. "Nossa análise mostra um arranjo planetário único: dois planetas estão transitando uma estrela, e o terceiro está transitando sua estrela companheira ", diz Sebastián Zúñiga-Fernández, pesquisador e membro do grupo ExoTIC da Universidade de Liège (ULiège) e primeiro autor do estudo. "Isso torna o TOI-2267 o primeiro sistema binário conhecido a hospedar planetas em trânsito ao redor de suas duas estrelas." Um sistema incom...

Vento Estelar de Gigantes Vermelhas Revela a Existência de um Sistema Binário

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Novas observações do telescópio ALMA no Chile revelaram que o vento estelar dessa gigante vermelha forma uma espiral. Gigantes vermelhas são velhas estrelas que ejetam material gasoso e partículas sólidas através de um vento estelar. Algumas gigantes vermelhas pareciam perder uma quantidade excepcionalmente grande de massa dessa maneira. No entanto, novas observações revelam que este não é bem o caso. O vento estelar não é mais intenso do que o normal, mas é afetado por um parceiro que foi negligenciado até agora: uma segunda estrela que circula a gigante vermelha. Estes são os resultados de um estudo internacional liderado pela universidade belga KU Leuven. Os seres humanos não vivem o suficiente para perceber, mas as estrelas também nascem, envelhecem e morrem. É um processo que leva bilhões de anos. À medida que uma estrela envelhece, ela se torna maior, mais fria e mais avermelhada - daí o nome 'gigante vermelha'. Nosso sol também se tornará uma gigante vermelha em q...

Estrela Entra em Erupção Todos os Anos, há Milhões de Anos

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GK Persei, visto acima, é um excelente exemplo de uma nova remanescente. Astrônomos descobriram uma estrela na galáxia de Andrômeda que tem entrado em erupção regularmente nos últimos milhões de anos, deixando para trás uma das maiores conchas de material ejetado que os cientistas já viram. A nova pesquisa, que foi publicada no mês passado na revista Nature, não apenas marca a primeira descoberta de tal super-remanescente em outra galáxia, mas também abre caminho para a detecção de uma população potencialmente massiva de estrelas que entram em erupção repetidamente, chamadas de Nova, o que pode ajudar a esclarecer como o Universo mudou ao longo do tempo. Sistema Estela Binário A estrela responsável por este remanescente expansivo, que se estende por 400 anos-luz de comprimento, é na verdade um dos tipos mais diminutos de estrela: uma anã branca. Esses cadáveres estelares são deixados para trás depois que uma pequena estrela morre e expele suas camadas externas, deixando para...

Um Rio Próximo de Estrelas

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Nesta projeção estereográfica, a Via Láctea faz uma curva ao redor de toda a imagem em um arco, com o recém-descoberto rio de estrelas exibido em vermelho e cobrindo quase todo o hemisfério galáctico do sul. Astronomy and Astrophysics publica o trabalho de pesquisadores da Universidade de Viena, que encontraram um rio de estrelas, uma corrente estelar em linguagem astronômica, cobrindo a maior parte do céu do sul. A corrente está relativamente próxima e contém pelo menos 4000 estrelas que se moveram juntas no espaço desde que se formaram, cerca de 1 bilhão de anos atrás. Para sua pesquisa, os autores usaram dados do satélite Gaia. Devido a sua proximidade com a Terra, esta corrente é uma perfeita bancada para testar o rompimento de aglomerados, medir o campo gravitacional da Via Láctea e aprender sobre as populações de planetas extra-solares com as próximas missões de descoberta de planetas. Nossa própria galáxia hospedeira, a Via Láctea, abriga aglomerados estelares de tamanh...

NASA Seleciona Nova Missão para Explorar as Origens do Universo

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Concepção artística do observatório espacial SPHEREx  A NASA selecionou uma nova missão espacial que ajudará os astrônomos a entender como nosso universo evoluiu e quão comuns são os ingredientes para a vida nos sistemas planetários da nossa galáxia. O Spectro-Photometer para a missão History of the Universe, Epoch of Reionization e Ices Explorer (SPHEREx) é uma missão planejada de dois anos, custeada em US$ 242 milhões (sem incluir custos de lançamento) e a ser lançada em 2023. SPHEREx fará o levantamento dos céu em luz ótica e infravermelha próxima que, embora não visível ao olho humano, serve como uma ferramenta poderosa para responder a questões cósmicas. Os astrônomos usarão a missão para coletar dados sobre mais de 300 milhões de galáxias, além de mais de 100 milhões de estrelas em nossa própria Via Láctea. "Esta missão incrível será um tesouro de dados exclusivos para os astrônomos", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório da Missão Científ...

Como Pousar uma Nave com Seres Humanos em Marte ?

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Uma espaçonave pesada precisaria de retro-foguetes para frear e manobrar. Para aterrissar naves espaciais pesadas que possam transportar astronautas humanos para Marte, os engenheiros precisarão de novos métodos. À medida que os humanos se tornarem mais ambiciosos com seus planos para explorar Marte, precisaremos aterrissar espaçonaves maiores em sua superfície. Até agora, as missões robóticas da NASA usaram para-quedas, air-bags (bolhas infláveis) ​​e sky cranes ("guindaste aéreo"), bem como foguetes de descida. Mas para aterrissar naves espaciais pesadas que possam transportar astronautas humanos para Marte, os engenheiros precisarão de novos métodos para aterrissar. No momento, a maioria das espaçonaves conta com para-quedas para desacelerar para mach 30 (cerca de 30 vezes a velocidade do som ou 36 mil quilômetros por hora), à medida que entram na atmosfera marciana. E uma vez que esses landers atingem uma velocidade razoável de algumas vezes a velocidade do som, os...

A Missão Opportunity, em Marte, chega ao Fim

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Um dos mais bem-sucedidos e duradouros feitos da exploração interplanetária, a missão Opportunity da Nasa está chegando ao fim depois de quase 15 anos explorando a superfície de Marte. O rover Opportunity parou de se comunicar com a Terra quando uma tempestade de poeira em Marte cobriu sua localização em junho de 2018. Depois de mais de mil comandos para restaurar o contato, engenheiros da Unidade de Operações de Voo Espacial do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) fizeram, na terça feira (12/02/2019), sua última tentativa de reviver o Opportunity, sem sucesso. A comunicação final do roover ​​movido a energia solar foi recebida em 10 de junho de 2018. "É por causa de missões pioneiras como a Opportunity que chegará o dia em que nossos bravos astronautas caminharão na superfície de Marte", disse o administrador da NASA Jim Bridenstine. Projetado para durar apenas 90 dias de Marte e viajar 1 Km, o Opportunity superou amplamente todas as expectativas em termos de r...

Descoberta a mais antiga evidência de mobilidade na Terra

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Traços fossilizados de motilidade encontrados em rochas de 2,1 bilhões de anos. Fósseis antigos dos primeiros organismos a exibirem movimento foram descobertos por uma equipe internacional de cientistas. Descobertos em rochas no Gabão e datados de aproximadamente 2,1 bilhões de anos, os fósseis sugerem a existência de um aglomerado de células únicas que se juntaram para formar um organismo multicelular que se movia pela lama em busca de um ambiente mais favorável. A equipe, que incluiu especialistas da Universidade de Cardiff, afirma que a nova descoberta coloca a primeira evidência de mobilidade na Terra a mais de 1,5 bilhão de anos antes do que se pensava anteriormente, e levanta novas questões sobre a história da vida. Descobertas anteriores datavam os primeiros vestígios de locomoção em organismos complexos em rochas muito mais jovens, datadas de 570 milhões de anos atrás, de várias localidades. Em um novo estudo, publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de C...

Alúminio-26 e a Origem da Água na Terra

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Sistemas planetários nascidos em regiões de formação de estrelas densas e massivas herdam quantidades substanciais de Alumínio-26, que seca seus blocos de construção antes da acreção (esquerda). Planetas formados em regiões de formação de estrelas de baixa massa aumentam em muito a possibilidade da formação de corpos ricos em água e emergem como mundos oceânicos (à direita). A superfície sólida da Terra e o clima ameno podem ser em parte devido a uma estrela massiva no ambiente de nascimento do Sol. Sem seus elementos radioativos injetados no início do sistema solar, nosso planeta poderia ser um mundo oceânico hostil coberto por mantos de gelo globais. Este é o resultado de simulações computacionais de formação de planetas, como os pesquisadores do NCCR PlanetS relatam na seção de Cartas da revista Nature Astronomy. A água cobre mais de dois terços da superfície da Terra, mas em termos astronômicos os planetas terrestres internos de nosso sistema solar parecem muito secos - feliz...

Gaia Registra Novas Velocidades para a Colisão Via Láctea-Andrômeda

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O satélite Gaia da ESA olhou para além da nossa galáxia e explorou duas galáxias próximas para revelar os movimentos estelares dentro delas e como um dia elas irão interagir e colidir com a Via Láctea - com resultados surpreendentes. A nossa Via Láctea pertence a um grande aglomerado de galáxias conhecido como Grupo Local e, juntamente com as galáxias de Andrômeda e Triângulo - também referidas como M31 e M33, respectivamente - compõem a maioria da massa do grupo. Astrônomos há muito suspeitam que Andrômeda irá um dia colidir com a Via Láctea, remodelando completamente a nossa vizinhança cósmica. No entanto, os movimentos tridimensionais das galáxias do Grupo Local permaneceram obscuros, pintando um quadro incerto do futuro da Via Láctea. "Precisávamos explorar os movimentos das galáxias em 3D para descobrir como elas cresceram e evoluíram, e o que cria e influencia suas características e comportamento", diz o principal autor Roeland van der Marel, do Space Telescope Sci...

Colisão Maciça no Sistema Planetário Kepler 107

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A figura mostra uma simulação hidrodinâmica de uma colisão frontal de alta velocidade entre dois planetas de massa terrestre. A faixa de temperatura do material é representada por quatro cores: cinza, laranja, amarelo e vermelho, onde cinza é a mais fria e vermelha é a mais quente. Tais colisões ejetam uma grande quantidade do material do manto de silicato deixando um planeta com alto teor de ferro, remanescente de alta densidade semelhante às características observadas do Kepler-107c. Desde que, em 1995, o primeiro planeta extra-solar foi descoberto, quase 4.000 planetas foram encontrados ao redor das estrelas mais próximas. Isso nos permite estudar uma grande variedade de configurações para esses sistemas planetários. A evolução dos planetas orbitando outras estrelas pode ser afetada, principalmente, por dois fenômenos: a evaporação das camadas superiores do planeta devido ao efeito dos raios X e ultravioleta emitidos pela estrela central, e pelos impactos de outros corpos celes...

A Via Láctea é Torcida

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Em cima: Distribuição 3D das Cefeidas Clássicas no disco distorcido da Via Láctea. Embaixo: Precessão da linha de nós helicoidais com raio galactocêntrico. O disco de estrelas da nossa Via Láctea é tudo menos estável e plano. Em vez disso, torna-se cada vez mais 'distorcido' conforme se afasta do centro da Via Láctea, segundo astrônomos dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (NAOC). De uma grande distância, nossa galáxia se pareceria com um disco fino de estrelas que orbitam uma vez a cada poucas centenas de milhões de anos em torno de sua região central, onde centenas de bilhões de estrelas, juntamente com uma enorme massa de matéria escura, proporcionam a gravidade, a cola para segurar tudo junto. Mas a força da gravidade torna-se mais fraca longe das regiões internas da Via Láctea. No disco externo mais distante da galáxia, os átomos de hidrogênio que compõem a maior parte do disco de gás da Via Láctea não estão mais confinados a um p...

Energia Escura pode Variar com o Tempo

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Um novo estudo usando dados do Observatório de Raios-X Chandra e do XMM-Newton sugere que a energia escura pode ter variado ao longo do tempo cósmico. A concepção artística acima ajuda a explicar como os astrônomos rastrearam os efeitos da energia escura até cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, observando os quasares. Descoberto pela primeira vez há 20 anos, medindo as distâncias das supernovas Tipo Ia, a energia escura é um tipo de força ou energia proposta que permeia todo o espaço e faz com que a expansão do Universo acelere. Usando esse método, os cientistas rastrearam os efeitos da energia escura até cerca de 9 bilhões de anos atrás. O resultado mais recente deriva do desenvolvimento de um novo método para determinar distâncias de cerca de 1.598 quasares, o que permite aos pesquisadores medir os efeitos da energia escura desde o início do Universo até os dias atuais. Dois dos quasares mais distantes estudados são mostrados nas imagens do Chandra nas inserções. A nova t...

Missão NICER Mapeia "Ecos de Luz" de Buraco Negro

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Cientistas mapearam o ambiente em torno de um buraco negro de massa estelar que tem dez vezes a massa do Sol, usando a carga útil do Núcleo de Composição Interior (NICER, na sigla em inglês) da NASA, a bordo da Estação Espacial Internacional. O NICER detectou a luz de raios X do buraco negro descoberto recentemente, chamado MAXI J1820 + 070 (J1820), que consumia material de uma estrela companheira. Ondas de raios X formaram "ecos de luz" que refletiam o gás em turbilhão perto do buraco negro e revelaram mudanças no tamanho e na forma do ambiente. "NICER nos permitiu medir os ecos de luz mais próximos de um buraco negro de massa estelar do que jamais se tinha conseguido", disse Erin Kara, astrofísica da Universidade de Maryland, EUA, que apresentou a descoberta na 233ª reunião da American Astronomical Society em Seattle. "Anteriormente, esses ecos de luz do disco de acreção interna eram vistos apenas em buracos negros supermassivos, que possuem milhões a bilh...

Descoberta Inesperada de uma Nova Galáxia na Vizinhança Cósmica

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Uma equipe internacional de astrônomos usou recentemente o Telescópio Espacial Hubble para estudar as estrelas anãs brancas dentro do aglomerado globular NGC 6752. O objetivo de suas observações era usar essas estrelas para medir a idade do aglomerado globular, mas no processo eles fizeram uma descoberta inesperada. Nas franjas externas da área observada com a Advanced Camera for Surveys do Hubble, uma coleção compacta de estrelas era visível. Após uma análise cuidadosa de seus brilhos e temperaturas, os astrônomos concluíram que essas estrelas não pertenciam ao aglomerado - que é parte da Via Láctea -, mas estão a milhões de anos-luz mais distantes. Nosso recém-descoberto vizinho cósmico, apelidado de Bedin 1 pelos astrônomos, é uma galáxia alongada de tamanho modesto. Ela mede apenas cerca de 3000 anos-luz em sua maior extensão - uma fração do tamanho da Via Láctea. Não só é pequena, mas também é incrivelmente fraca. Essas propriedades levaram os astrônomos a classificá-la como u...