Ondas Gravitacionais confirmam Teorias do buraco negro de Hawking e Kerr

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Cientistas confirmaram duas teorias de longa data relacionadas a buracos negros, graças à detecção do sinal de onda gravitacional mais claramente registrado até hoje. Dez anos após detectar a primeira onda gravitacional, a colaboração LIGO-Virgo-KAGRA anunciou (10 de setembro) a detecção de GW250114 — uma ondulação no espaço-tempo que oferece insights sem precedentes sobre a natureza dos buracos negros e as leis fundamentais da física. O estudo confirma a previsão do Professor Stephen Hawking de 1971 de que, quando dois buracos negros colidem e se fundem, a área total do horizonte de eventos do buraco negro resultante é maior do que a soma das áreas dos horizontes de eventos dos buracos negros originais— ela não pode encolher. Pesquisas também confirmaram a natureza de Kerr dos buracos negros — um conjunto de equações desenvolvido em 1963 pelo matemático neozelandês Roy Kerr que explica com elegância a aparência do espaço e do tempo perto de um buraco negro em rotação, que se diferenci...

Espectrógrafo Orbital Ajudará na Busca por Sinais de Vida Extraterrestre

Quando os astrônomos buscam sinais de vida fora do sistema solar, eles estão procurando principalmente o que os pesquisadores chamam de bioassinaturas. Estes são indicadores que denunciam que algo está vivendo em outro mundo. Assim, enquanto a Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) procura comunicações alienígenas através de ondas de rádio, a maioria dos astrônomos hoje está procurando as impressões digitais químicas de materiais ligados à vida. Na Terra, por exemplo, o oxigênio é nossa bioassinatura mais clara. É a maior mudança externa para o nosso planeta desde o surgimento da vida, mais de três e meio bilhões de anos atrás.
Mas a vida não é a única maneira de produzir oxigênio. E os astrônomos não querem ser enganados se encontrarem um mundo rico em oxigênio.
Isso está levando a Nasa a lançar um projeto chamado SISTINE em um foguete que vai voar brevemente ao espaço na próxima semana e retornar de volta para a Terra. A ideia é testar uma nova maneira de observar as estrelas ao qual os exoplanetas orbitam para entender melhor como eles podem espalhar falsos sinais de vida em seus planetas. O SISTINE fará seu primeiro teste em 5 de agosto, com um segundo lançamento planejado para 2020.
Com o SISTINE  os astrônomos poderão capturar espectros de estrelas próximas que abrigam planetas. O espectro de uma estrela dirá então exatamente que tipo de luz eles emitem.
Em particular, o SISTINE terá como alvo a luz ultravioleta em uma faixa que outros telescópios em órbita não podem ver. Essa cor específica da luz pode interagir com o dióxido de carbono, separando o carbono para deixar o oxigênio molecular (dois átomos de oxigênio colados). Ou pode atingir o vapor d'água, separando hidrogênio e oxigênio, alguns dos quais se recombinam como oxigênio molecular. Nestes casos, os astrônomos podem ser capazes de espionar uma atmosfera rica em oxigênio, mesmo sem nenhuma vida presente.
Se o SISTINE puder provar a presença de luz UV na estrela, isso ajudaria os astrônomos a entender melhor esses falsos positivos da vida extraterrestre. Esse tipo específico de luz ultravioleta não é comum o suficiente no nosso sol para causar um forte efeito na química da Terra, e é por isso que precisamos de vida para criar grandes quantidades de oxigênio em nossa atmosfera. Mas isso não é necessariamente o caso em todos os lugares.
Estrelas menores e mais escuras chamadas anãs-M têm uma tendência a lançar labaredas mais frequentemente do que o nosso sol, produzindo fluxos brilhantes de luz ultravioleta que podem muito bem oxigenar seus planetas próximos.
O primeiro lançamento do SISTINE será uma mera operação de calibração, para garantir que o telescópio possa encontrar o tipo certo de luz UV. E em vez de um exoplaneta, seu teste tem como alvo uma nuvem de gás chamada NGC 6826, que é brilhante em luz UV. Se tudo correr bem, ele será lançado novamente em 2020 para conferir o sistema Alpha Centauri. Este é o sistema estelar mais próximo do nosso, e os cientistas já sabem que também tem exoplanetas.
O teste também experimentará novos revestimentos espelhados e placas detectoras e oferecerá novos insights sobre como os astrônomos podem usar as estrelas hospedeiras dos exoplanetas para entender falsas bio-assinaturas. Afinal, o oxigênio não é o único gás associado à vida na Terra; o metano é outro grande também. E também pode ser imitado por processos não biológicos. Compreendendo melhor quando e onde essas substâncias aparecem na ausência de vida, os cientistas estarão um passo mais perto de conhecer a realidade quando a virem.

Fonte: Astronomy

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