Pesquisadores Modelam Glaciação nos Polos de Mercúrio

Imagem composta do polo norte de Mercúrio. Vermelho são as áreas de sombra permanente; o amarelo delineia os depósitos brilhantes de radar mapeados da Terra. Os dados foram plotados em uma fotomosaico do Messenger.

Os polos de Mercúrio são marcados por grandes crateras. Depósitos gelados escondem-se no interior. Agora, os cientistas pensam que sabem como o gelo chegou lá.
Pesquisadores da Universidade do Maine modelaram o processo de glaciação do planeta mais próximo do Sol.
A maior parte de Mercúrio é bastante quente. Mas algumas de suas crateras polares permanecem em sombra permanente, permitindo uma temperatura baixa o suficiente para sustentar os depósitos de gelo. Acredita-se que os glaciares tenham menos de 50 milhões de anos e 50 metros de espessura em alguns lugares.
Os cientistas usaram dados coletados por radar baseado na Terra para caracterizar a forma, espessura e distribuição do gelo polar de Mercúrio.
Mercúrio não tem atmosfera que possa gerar depósitos de neve ou gelo. As simulações projetadas pela equipe de pesquisa da Universidade do Maine mostraram que o impacto de um cometa foi a fonte original mais provável do gelo.
O modelo encontrou poucas evidências de fluxo, sugerindo que os depósitos de gelo permaneceram imóveis ​​e estáveis ​​nos últimos vários milhões de anos.
"Esperamos que os depósitos [em Mercúrio] sejam limitados, e que eles sejam basicamente depósitos imóveis, refletindo a extrema eficiência do mecanismo de congelamento do terreno polar", disseram pesquisadores em um comunicado à imprensa.
Pesquisadores usaram o Modelo de Manta de Gelo da Universidade do Maine para executar suas simulações. O modelo foi projetado para recriar o movimento e a evolução das camadas de gelo e glaciares em Marte e na Terra.
James Fastook, professor de ciência da computação e pesquisador do Climate Change Institute, e seus colegas compartilharam os resultados de suas simulações no periódico Icarus.

Fonte: Space Daily

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