Os membros da equipe da Missão ficaram entusiasmados - se não um pouco surpresos - que o Imageador de Reconhecimento de Longa Distância (LORRI, na sigla em inglês) da New Horizons foi capaz de ver o objeto pequeno e escuro a mais de 161 milhões de quilômetros de distância, e contra um fundo denso de estrelas. Tomado em 16 de agosto e transmitido para a Terra através da Deep Space Network da NASA nos dias seguintes, o conjunto de 48 imagens marcou a primeira tentativa da equipe de encontrar Ultima Thule (2014 MU69), um objeto do cinturão de Kuiper, com as próprias câmeras da espaçonave.
"É como encontrar uma agulha no palheiro. Nestas primeiras imagens, Ultima Thule aparece apenas como uma mancha do lado de uma estrela de fundo que é aproximadamente 17 vezes mais brilhante que ele. Ultima Thule ficará mais brilhante - e mais fácil de ver - à medida que a nave espacial se aproximar mais".
Esta primeira detecção é importante porque as observações que a New Horizons fizer de Ultima Thule nos próximos quatro meses ajudarão a equipe a refinar o rumo da espaçonave em direção a uma maior aproximação do objeto, que se dará às 01:33 (horário de Brasília) de 1º de janeiro de 2019. Observar Ultima Thule precisamente no ponto que eles previram, usando dados coletados pelo Telescópio Espacial Hubble - indica que a equipe já tem uma boa ideia de sua órbita.
O sobrevoo de Ultima Thule será a primeira exploração de um pequeno objeto do Cinturão de Kuiper e a exploração mais distante de qualquer corpo planetário na história, quebrando o recorde que a própria New Horizons estabeleceu em Plutão em julho de 2015 em cerca de 1,6 bilhão de quilômetros. Essas imagens também são as mais distantes do Sol já tomadas, quebrando o recorde estabelecido pela imagem conhecida como "Terra Azul Pálida" da Terra feita pela Voyager 1 em 1990. (A New Horizons estabeleceu o recorde para a imagem mais distante da Terra em dezembro de 2017).
Nossa equipe trabalhou duro para determinar se Ultima Thule foi detectado por LORRI a uma distância tão grande, e o resultado é um claro sim, disse Alan Stern, Pesquisador Principal da New Horizons, do Instituto de Pesquisa Southwest em Boulder, Colorado. "Agora temos Ultima Thule em nossos pontos de vista muito mais longe do que se imaginava possível".
Fonte: NASA
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