Primeiro Núcleo Planetário Exposto é Descoberto

Concepção artística mostrando um planeta do tamanho de Netuno. É extremamente raro encontrar um objeto desse tamanho e densidade tão perto de sua estrela. Crédito: Universidade de Warwick / Mark Garlick

O núcleo exposto de um planeta gigante gasoso foi descoberto orbitando uma estrela distante pelos astrônomos da Universidade de Warwick, oferecendo uma visão sem precedentes do interior de um planeta.

Localizado ao redor de uma estrela muito parecida com a nossa, a aproximadamente 730 anos-luz de distância, o núcleo, chamado TOI 849 b, orbita tão perto de sua estrela hospedeira que um ano dura apenas 18 horas e a temperatura da superfície é de cerca de 1527 °C.

A equipe determinou que a massa do objeto é 2-3 vezes maior que Netuno e  incrivelmente densa, com todo o material que compõe essa massa compactada em um objeto do mesmo tamanho.

Esperava-se que um planeta tão massivo quanto esse tivesse acumulado grandes quantidades de hidrogênio e hélio quando se formou, crescendo em algo semelhante a Júpiter. O fato de que não vemos esses gases nos permite determinar que esse é um núcleo planetário exposto, sendo o primeiro a ser descoberto.

Existem duas teorias sobre o motivo pelo qual estamos vendo o núcleo do planeta, em vez de um gigante de gás típico. A primeira é que ele já foi semelhante a Júpiter, mas perdeu quase todo o seu envelope de gás externo através de uma variedade de circunstâncias. Isso pode incluir perturbações das marés, onde os gases podem ser arrancados do planeta por orbitar muito perto de sua estrela ou até mesmo uma colisão com outro planeta.

Como alternativa, poderia ser um gigante de gás que falhou. Os cientistas acreditam que, uma vez formado o núcleo do gigante de gás, algo pode ter dado errado e nunca foi formado uma atmosfera. Isso poderia ter ocorrido se houvesse uma lacuna no disco de poeira formador do planeta ou se se ele se formasse tarde e o disco ficasse sem material.

Fonte: PHYS.ORG

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