Um objeto que atravessasse o horizonte de eventos de um buraco negro, o ponto sem retorno, simplesmente passaria, através de sua própria perspectiva, não afetado pela dilatação do tempo. No entanto, sua aparência para observadores externos seria fortemente afetada. Os sinais de luz recebidos pelo observador externo seriam recebidos cada vez mais separados no tempo à medida que o objeto se aproximasse do horizonte de eventos. O forte campo gravitacional próximo ao horizonte de eventos curva o espaço, aumentando a distância que a luz deve percorrer para alcançar o observador. A curvatura e a distância do observador - e, portanto, o tempo de viagem do sinal - se aproximam do infinito no horizonte de eventos, de modo que um observador externo nunca verá um objeto realmente cair em um buraco negro. O objeto parecerá congelar no horizonte de eventos.
Os astrônomos antes pensavam que a luz das últimas etapas de uma estrela em colapso seria vista para sempre emanando do lado de fora do recém-formado horizonte de eventos. Esse efeito motivou o nome original de "estrelas congeladas" para o objeto deixado para trás após o colapso total de uma estrela massiva. Entretanto, ao reconhecer que o comprimento de onda da luz também é esticado perto do horizonte de eventos, o termo buraco negro foi cunhado. A luz que vem de perto do horizonte de eventos se torna tão esticada (“redshifted” - desvio para o vermelho) que fica inobservável. Assim, enquanto o material parece congelar ao se aproximar de um horizonte de eventos, ele desaparece simultaneamente. Uma estrela em colapso deve desaparecer rapidamente da vista, e o que é deixado para trás é chamado apropriadamente de buraco negro.
Fonte: Astronomy
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