Bola de Fogo Explode Acima do Mar de Bering

O satélite Terra da NASA capturou esta imagem da bola de fogo que explodiu sobre o Mar de Bering em 18 de dezembro de 2018.

As fotos de satélite deram uma boa olhada na segunda mais poderosa explosão de meteoros do século XXI.
Em 18 de dezembro de 2018, uma rocha espacial que se aproximava detonou 26 quilômetros acima das águas geladas do Mar de Bering, gerando 173 quilotons de energia. Isso é cerca de 10 vezes mais do que a quantidade liberada pela bomba atômica que os Estados Unidos lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial, disseram autoridades da NASA.
Apenas um evento de impacto desde 2000 foi mais poderoso - a explosão de fevereiro de 2013 na cidade russa de Chelyabinsk, que produziu uma onda de choque que feriu mais de 1.200 pessoas. (A maioria dessas pessoas foi ferida por cacos de vidro voando de janelas quebradas).
Ao contrário do evento de Chelyabinsk, ninguém na área viu ou gravou o meteoro do Mar de Bering, tanto quanto sabemos. Isso é uma consequência da localização remota; o Mar de Bering fica entre o extremo oriente da Rússia e o Alasca. Mas alguns olhos afiados no céu preservaram a explosão pra posteridade.
O satélite Terra, da NASA, por exemplo, avistou o meteoro com dois instrumentos diferentes - o SpectroRadiometer (MISR) e o Moderate Resolution Imaging SpectroRadiometer (MODIS). Membros da equipe MISR combinaram algumas de suas imagens em um GIF animado, que a NASA lançou na sexta-feira (22 de março).


Esta sequência de imagens mostra observações do instrumento SpectroRadiometer de Imagens Múltiplas Angulares do satélite Terra, tiradas alguns minutos depois que a  bola de fogo explodiu sobre o Mar de Bering.

Enquanto isso, uma foto do MODIS de cor verdadeira mostra tanto a bola de fogo quanto sua trilha de fumaça escura, que se destaca principalmente contra nuvens brancas e espessas, afirmaram autoridades da NASA. ("Bola de fogo" descreve qualquer meteoro que brilha pelo menos tanto quanto Vênus em nosso céu).
O satélite Himawari do Japão também observou a explosão.


Nesta sequência animada de fotos tiradas pelo satélite meteorológico japonês Himawari 8 em 18 de dezembro de 2018, você pode acompanhar o progresso do traço escuro - uma combinação da sombra deixada pela pluma do meteoroide (mancha laranja à direita) e poeira removida do objeto quando ele desabou na atmosfera da Terra a uma estimativa de 32 km / s.

O objeto que causou a bola de fogo do Mar de Bering tinha provavelmente cerca de 10 metros de largura e pesava cerca de 1.500 toneladas, de acordo com especialistas em meteorologia da NASA. A rocha provavelmente atingiu a atmosfera da Terra a uma velocidade de 115.200 km / h.
Os cientistas acreditam que o asteroide de Chelyabinsk tinha cerca de 20 metros de largura no momento de seu dramático encontro com a Terra. Esse objeto desencadeou uma enorme explosão de 440 quilotons de energia.
Mas essa produção empalidece em comparação a uma explosão de 1908 sobre a Sibéria, que envolveu um asteroide com cerca de 40 metros de largura. Essa explosão, conhecida como o evento de Tunguska, gerou 185 vezes mais energia do que a bomba de Hiroshima e derrubou cerca de 2.000 quilômetros quadrados de floresta. É o evento de impacto mais poderoso da história registrada.
E não, os deuses não têm nada contra a Rússia. A Rússia fica mais exposta a rochas espaciais, simplesmente porque cobre mais área do que qualquer outra nação.

Fonte: SPACE.com

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