Fatia fina da amostra do meteorito 2008TC3, que caiu na Terra há mais de uma década, fornecendo evidências convincentes de um planeta perdido que uma vez percorreu nosso sistema solar. |
A evidência está na forma de um meteorito que caiu no deserto núbio, do Sudão, em 2008. O meteorito é conhecido como 2008 TC3, ou o meteorito Almahata Sitta. Dentro do meteorito estão minúsculos cristais chamados nanodiamantes que, de acordo com este estudo, só poderiam ter se formado nas condições de alta pressão dentro do crescimento de um planeta. Isso contrasta com o pensamento anterior em torno desses meteoritos, que sugeria que eles se formaram como resultado de poderosas ondas de choque criadas em colisões entre corpos.
"Nós demonstramos que esses nanodiamantes não podem ser o resultado de um choque, mas sim de um crescimento que ocorreu dentro de um planeta." - disse o co-autor do estudo, Philippe Gillet.
Modelos de formação planetária mostram que os planetas terrestres são formados pela acreção de corpos menores. Siga o processo por tempo suficiente e você acabará com planetas como a Terra.
Um tipo de meteorito único e raro, chamado de ureilita, poderia fornecer a evidência para apoiar os modelos, e foi isso que caiu na Terra no Deserto da Núbia em 2008. Acredita-se que os ureilitos sejam os remanescentes de um planeta perdido que foi formado nos primeiros 10 milhões de anos do Sistema Solar, e depois foi destruído em uma colisão.
Ureilitos são diferentes de outros meteoritos rochosos. Eles possuem uma concentração mais alta de carbono do que outros meteoritos, principalmente na forma dos nanodiamantes acima mencionados. Pesquisadores da Suíça, França e Alemanha examinaram os nanodiamantes dentro do 2008 TC3 e determinaram que eles provavelmente se formaram em um pequeno proto-planeta cerca de 4,55 bilhões de anos atrás.
De acordo com a pesquisa apresentada neste trabalho, esses nanodiamantes foram formados sob pressões de 200.000 bar (2,9 milhões de psi). Isso significa que o planeta-pai misterioso teria que ter sido tão grande quanto Mercúrio, ou mesmo Marte.
Fonte: Universe Today via Phs.org
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