Três planetas do tamanho da Terra descobertos em um sistema binário compacto

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Impressão artística de TOI-2267. Crédito: Mario Sucerquia (Universidade de Grenoble Alpes). Uma equipe internacional de pesquisadores acaba de revelar a existência de três planetas do tamanho da Terra no sistema estelar binário TOI-2267, localizado a cerca de 190 anos-luz de distância. Esta descoberta, publicada na Astronomy & Astrophysics , é notável, pois lança nova luz sobre a formação e a estabilidade de planetas em ambientes de estrelas duplas, que há muito tempo são considerados hostis ao desenvolvimento de sistemas planetários complexos. "Nossa análise mostra um arranjo planetário único: dois planetas estão transitando uma estrela, e o terceiro está transitando sua estrela companheira ", diz Sebastián Zúñiga-Fernández, pesquisador e membro do grupo ExoTIC da Universidade de Liège (ULiège) e primeiro autor do estudo. "Isso torna o TOI-2267 o primeiro sistema binário conhecido a hospedar planetas em trânsito ao redor de suas duas estrelas." Um sistema incom...

Estrela envelhecendo sopra bolha difusa


Astrônomos usaram o ALMA para capturar esta bela imagem de uma delicada bolha de material expelido pela exótica estrela vermelha U Antliae. Estas observações irão ajudar os astrônomos a compreender melhor como é que as estrelas evoluem durante as fases finais do seu ciclo de vida.

Na direção da fraca constelação austral da Máquina Pneumática, um observador cuidadoso munido de binóculos poderá ver uma estrela muito vermelha, que varia ligeiramente em brilho de semana para semana. Esta estrela muito incomum chama-se U Antliae e novas observações obtidas com o ALMA revelam uma concha simétrica, esférica e bastante fina à sua volta, o que faz dela uma estrutura notável.

U Antliae [1] é uma estrela de carbono, isto é, uma estrela evoluída, luminosa e fria do ramo assintótico das gigantes. Há cerca de 2700 anos, U Antliae sofreu um período curto de perda de massa rápida. Durante este período de apenas algumas centenas de anos, o material que compõe a concha, que agora observamos nos novos dados ALMA, foi ejetado a alta velocidade. A análise detalhada desta concha mostrou também a existência de nuvens de gás finas e esparsas, as chamadas subestruturas filamentares.

Esta imagem se tornou possível devido à capacidade única do rádio telescópio ALMA em criar imagens nítidas em vários comprimentos de onda. O ALMA, situado no planalto do Chajnantor no deserto chileno do Atacama, conseguiu observar a estrutura da concha da U Antliae com muito mais detalhe do que o conseguido até então.

Compreender a composição química das conchas e atmosferas destas estrelas, e saber como é que estas conchas se formam por perda de massa, é importante para compreendermos como é que as estrelas, e consequentemente as galáxias, evoluíram no Universo primordial. Conchas como a que observamos em torno de U Antliae mostram uma enorme variedade de componentes químicos baseados no carbono e em outros elementos. Estas conchas ajudam igualmente a reciclar matéria, contribuindo com até 70% da poeira do meio interestelar.

Fonte: ESO

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