Três planetas do tamanho da Terra descobertos em um sistema binário compacto

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Impressão artística de TOI-2267. Crédito: Mario Sucerquia (Universidade de Grenoble Alpes). Uma equipe internacional de pesquisadores acaba de revelar a existência de três planetas do tamanho da Terra no sistema estelar binário TOI-2267, localizado a cerca de 190 anos-luz de distância. Esta descoberta, publicada na Astronomy & Astrophysics , é notável, pois lança nova luz sobre a formação e a estabilidade de planetas em ambientes de estrelas duplas, que há muito tempo são considerados hostis ao desenvolvimento de sistemas planetários complexos. "Nossa análise mostra um arranjo planetário único: dois planetas estão transitando uma estrela, e o terceiro está transitando sua estrela companheira ", diz Sebastián Zúñiga-Fernández, pesquisador e membro do grupo ExoTIC da Universidade de Liège (ULiège) e primeiro autor do estudo. "Isso torna o TOI-2267 o primeiro sistema binário conhecido a hospedar planetas em trânsito ao redor de suas duas estrelas." Um sistema incom...

Astrônomos Observam Supernova Explodindo

Pela primeira vez os astrônomos observaram um evento cósmico com grande detalhe em que antes apenas observavam vislumbres: uma supernova e sua ejeção explosiva colidindo com uma estrela companheira próxima. A descoberta foi possível graças a uma pesquisa especializada aproveitando os recentes avanços na ligação de telescópios em todo o mundo em uma rede robótica. Eles estão espaçados em todo o mundo, de modo que sempre há um no lado noturno da Terra, pronto para realizar observações astronômicas. Isso permitiu que a equipe fizesse observações imediatas e quase contínuas.
David Sand, professor assistente da Universidade do Arizona, descobriu a supernova em 10 de março de 2017, na galáxia NGC 5643. À 55 milhões de anos-luz de distância, é uma das supernovas mais próximas descobertas nos últimos anos. Designada SN 2017cbv, foi encontrada pela pesquisa "Distância Menor que 40 Megaparsec" (DLT40, na sigla em inglês), onde 40 megaparsec é igual a 120 milhões de anos-luz. A pesquisa usa o telescópio PROMPT no Chile, que monitora cerca de 500 galáxias por noite.
SN 2017cbv é uma supernova termonuclear (Tipo Ia), do mesmo tipo que os astrônomos usaram para medir a aceleração da expansão do universo. As supernovas tipo Ia são formadas pelas explosões de anãs brancas.
A teoria prevalecente nos últimos anos é que as supernovas tipo Ia são formadas quando duas anãs brancas se espiralam umas nas outras e se fundem em uma explosão cataclísmica. O outro cenário envolve uma estrela normal como companheira da anã branca.
A chave para as observações relatadas neste estudo é uma pequena protuberância na curva de luz emitida por SN 2017cbv dentro dos primeiros três a quatro dias, uma característica que teria sido perdida não fosse os tempos de reação quase instantâneos que são a marca registrada da Pesquisa DLT40: um incandescente brilho azul da interação com um nível de detalhe sem precedentes, revelando a surpreendente identidade da misteriosa estrela companheira.
"Nós pensamos que o que aconteceu provavelmente foi o cenário número dois", disse Sand. "A protuberância na curva da luz pode ser causada pelo material da anã branca em explosão, quando ela colide com a estrela companheira".
Este estudo infere que a anã branca estava roubando matéria da estrela companheira muito maior, aproximadamente 20 vezes o raio do Sol. Isso fez com que a anã branca explodisse em supernova e colidisse com a estrela companheira, aquecendo-a para um brilho azul, próximo do ultravioleta. Tal choque não poderia ter sido produzido se a companheira fosse outra estrela anã branca, dizem os autores do estudo.


Devido ao seu brilho uniforme, as supernovas tipo Ia são semelhantes a uma "lâmpada padrão de 60 watts para cosmologia", e os cientistas usam-nas como velas padrão para medir distâncias através do universo.
É provável que as supernovas do tipo Ia venham de ambos os tipos de processos progenitores - duas anãs brancas ou uma anã branca e uma estrela companheira normal - e o objetivo desses estudos é descobrir qual desses dois processos é mais comum.
"Observar supernovas como SN 2017cbv é um passo importante nessa direção", disse ele. "Se as observarmos quando são formadas, podemos ter uma idéia melhor desses processos, que detêm implicações para a compreensão do Cosmos, incluindo a energia escura".

Fonte: Phys.org

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