Pela primeira vez os astrônomos observaram um evento cósmico com grande detalhe em que antes apenas observavam vislumbres: uma supernova e sua ejeção explosiva colidindo com uma estrela companheira próxima. A descoberta foi possível graças a uma pesquisa especializada aproveitando os recentes avanços na ligação de telescópios em todo o mundo em uma rede robótica. Eles estão espaçados em todo o mundo, de modo que sempre há um no lado noturno da Terra, pronto para realizar observações astronômicas. Isso permitiu que a equipe fizesse observações imediatas e quase contínuas.
David Sand, professor assistente da Universidade do Arizona, descobriu a supernova em 10 de março de 2017, na galáxia NGC 5643. À 55 milhões de anos-luz de distância, é uma das supernovas mais próximas descobertas nos últimos anos. Designada SN 2017cbv, foi encontrada pela pesquisa "Distância Menor que 40 Megaparsec" (DLT40, na sigla em inglês), onde 40 megaparsec é igual a 120 milhões de anos-luz. A pesquisa usa o telescópio PROMPT no Chile, que monitora cerca de 500 galáxias por noite.
SN 2017cbv é uma supernova termonuclear (Tipo Ia), do mesmo tipo que os astrônomos usaram para medir a aceleração da expansão do universo. As supernovas tipo Ia são formadas pelas explosões de anãs brancas.
A teoria prevalecente nos últimos anos é que as supernovas tipo Ia são formadas quando duas anãs brancas se espiralam umas nas outras e se fundem em uma explosão cataclísmica. O outro cenário envolve uma estrela normal como companheira da anã branca.
A chave para as observações relatadas neste estudo é uma pequena protuberância na curva de luz emitida por SN 2017cbv dentro dos primeiros três a quatro dias, uma característica que teria sido perdida não fosse os tempos de reação quase instantâneos que são a marca registrada da Pesquisa DLT40: um incandescente brilho azul da interação com um nível de detalhe sem precedentes, revelando a surpreendente identidade da misteriosa estrela companheira.
"Nós pensamos que o que aconteceu provavelmente foi o cenário número dois", disse Sand. "A protuberância na curva da luz pode ser causada pelo material da anã branca em explosão, quando ela colide com a estrela companheira".
Este estudo infere que a anã branca estava roubando matéria da estrela companheira muito maior, aproximadamente 20 vezes o raio do Sol. Isso fez com que a anã branca explodisse em supernova e colidisse com a estrela companheira, aquecendo-a para um brilho azul, próximo do ultravioleta. Tal choque não poderia ter sido produzido se a companheira fosse outra estrela anã branca, dizem os autores do estudo.
Devido ao seu brilho uniforme, as supernovas tipo Ia são semelhantes a uma "lâmpada padrão de 60 watts para cosmologia", e os cientistas usam-nas como velas padrão para medir distâncias através do universo.
É provável que as supernovas do tipo Ia venham de ambos os tipos de processos progenitores - duas anãs brancas ou uma anã branca e uma estrela companheira normal - e o objetivo desses estudos é descobrir qual desses dois processos é mais comum.
"Observar supernovas como SN 2017cbv é um passo importante nessa direção", disse ele. "Se as observarmos quando são formadas, podemos ter uma idéia melhor desses processos, que detêm implicações para a compreensão do Cosmos, incluindo a energia escura".
Fonte: Phys.org
David Sand, professor assistente da Universidade do Arizona, descobriu a supernova em 10 de março de 2017, na galáxia NGC 5643. À 55 milhões de anos-luz de distância, é uma das supernovas mais próximas descobertas nos últimos anos. Designada SN 2017cbv, foi encontrada pela pesquisa "Distância Menor que 40 Megaparsec" (DLT40, na sigla em inglês), onde 40 megaparsec é igual a 120 milhões de anos-luz. A pesquisa usa o telescópio PROMPT no Chile, que monitora cerca de 500 galáxias por noite.
SN 2017cbv é uma supernova termonuclear (Tipo Ia), do mesmo tipo que os astrônomos usaram para medir a aceleração da expansão do universo. As supernovas tipo Ia são formadas pelas explosões de anãs brancas.
A teoria prevalecente nos últimos anos é que as supernovas tipo Ia são formadas quando duas anãs brancas se espiralam umas nas outras e se fundem em uma explosão cataclísmica. O outro cenário envolve uma estrela normal como companheira da anã branca.
A chave para as observações relatadas neste estudo é uma pequena protuberância na curva de luz emitida por SN 2017cbv dentro dos primeiros três a quatro dias, uma característica que teria sido perdida não fosse os tempos de reação quase instantâneos que são a marca registrada da Pesquisa DLT40: um incandescente brilho azul da interação com um nível de detalhe sem precedentes, revelando a surpreendente identidade da misteriosa estrela companheira.
"Nós pensamos que o que aconteceu provavelmente foi o cenário número dois", disse Sand. "A protuberância na curva da luz pode ser causada pelo material da anã branca em explosão, quando ela colide com a estrela companheira".
Este estudo infere que a anã branca estava roubando matéria da estrela companheira muito maior, aproximadamente 20 vezes o raio do Sol. Isso fez com que a anã branca explodisse em supernova e colidisse com a estrela companheira, aquecendo-a para um brilho azul, próximo do ultravioleta. Tal choque não poderia ter sido produzido se a companheira fosse outra estrela anã branca, dizem os autores do estudo.
Devido ao seu brilho uniforme, as supernovas tipo Ia são semelhantes a uma "lâmpada padrão de 60 watts para cosmologia", e os cientistas usam-nas como velas padrão para medir distâncias através do universo.
É provável que as supernovas do tipo Ia venham de ambos os tipos de processos progenitores - duas anãs brancas ou uma anã branca e uma estrela companheira normal - e o objetivo desses estudos é descobrir qual desses dois processos é mais comum.
"Observar supernovas como SN 2017cbv é um passo importante nessa direção", disse ele. "Se as observarmos quando são formadas, podemos ter uma idéia melhor desses processos, que detêm implicações para a compreensão do Cosmos, incluindo a energia escura".
Fonte: Phys.org
Comentários
Postar um comentário