NOVAS EVIDÊNCIAS DE UMA PARTÍCULA QUE É SUA PRÓPRIA ANTIPARTÍCULA


Em 1928, o físico Paul Dirac fez a previsão surpreendente de que todas as partículas fundamentais do universo possuem uma antipartícula - um gêmeo idêntico, mas com carga oposta. Quando a partícula e a antipartícula se encontrassem, seriam aniquiladas, liberando uma profusão de energia. Alguns anos depois, a primeira partícula de antimatéria - o oposto do elétron, o posítron - foi descoberta, e a antimatéria tornou-se rapidamente parte da cultura popular.
Em 1937, outro físico, Ettore Majorana, introduziu uma nova visão: ele previu que na classe de partículas conhecidas como férmions, que inclui o próton, o nêutron, o elétron, o neutrino e o quark, deve haver partículas que são suas próprias antipartículas.
Agora, uma equipe que inclui cientistas de Stanford diz que encontrou a primeira firme evidência de tal férmion de Majorana. Foi descoberto em uma série de experiências de laboratório com materiais exóticos na Universidade da Califórnia em colaboração com a Universidade de Stanford. A equipe relatou os resultados em 20 de julho na revista Science.
Embora a busca do famoso férmion parece mais intelectual do que prática, ele acrescentou, poderia ter implicações na vida real para a construção de computadores quânticos robustos.
O tipo particular de férmion de Majorana, a equipe de pesquisa observou, é conhecido como um férmion "quiral" porque se move ao longo de um caminho unidimensional e em apenas uma direção. Embora as experiências que o produziram fossem extremamente difíceis de conceber, configurar e realizar, o sinal que produziram era claro e sem ambiguidade, disseram os pesquisadores.

Fonte: Space Daily

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