O foguete Long March 5B decolou do local de lançamento de Wenchang, na ilha de Hainan, no sul do país, e oito minutos depois uma espaçonave protótipo não tripulada se separou com sucesso e entrou em sua órbita planejada, segundo a agência de notícias Xinhua.
A versão de teste de uma cápsula de retorno de carga também se separou com sucesso do foguete, acrescentou a Xinhua.
A nave espacial um dia transportará os astronautas para uma estação espacial que a China planeja concluir em 2022 - e eventualmente para a Lua. Terá capacidade para seis tripulantes.
A espaçonave e a cápsula devem retornar a um local de pouso até sexta-feira, depois de concluir seus vôos de teste, disse Ji Qiming, da Agência Espacial Tripulada da China, em entrevista coletiva.
O líder do centro de comando da missão de voo Zhang Xueyu disse que o lançamento "fortaleceu a confiança e a determinação" para as próximas etapas do programa espacial chinês.
Até agora, o Estados Unidos é o único país que enviou seres humanos com sucesso à Lua.
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| O foguete Long March 5B tem uma massa de decolagem de cerca de 849 toneladas. |
Mas Pequim está fazendo grandes progressos em seus esforços para alcançá-lo, enviando astronautas ao espaço, satélites em órbita e um veículo espacial para o outro lado da Lua.
O bem-sucedido voo inaugural do Long March 5B de 54 metros - que tem uma massa de decolagem de cerca de 849 toneladas - deve tranquilizar a China, após falhas do modelo 7A em março e do modelo 3B em abril.
"A nova nave espacial dará à China uma vantagem na área de voos espaciais humanos sobre o Japão e a Europa", disse Chen Lan, analista independente do GoTaikonauts.com, especializado no programa espacial da China.
Os EUA não têm mais sua própria nave espacial desde que retiraram o ônibus espacial em 2011 e utilizam as naves da Rússia para enviar astronautas à Estação Espacial Internacional.
Pequim lançou várias naves espaciais desde 1999 e a nave anterior, a Shenzhou, foi modelada com base na Soyuz da Rússia.
"Depende da ambição do programa espacial chinês no momento, mas missões além da Lua serão possíveis", disse Carter Palmer, analista de sistemas espaciais da consultoria Forecast International, com sede nos EUA.
Lua e além
A montagem da estação espacial Tiangong, cujo nome significa Palácio Celestial, deve começar este ano e concluído em 2022.
O laboratório orbital terá três módulos, com salas de estar e de trabalho e dois anexos para experimentos científicos.
A China planeja enviar um astronauta para a Lua em cerca de uma década e depois construir uma base lá.
Tornou-se a primeira nação a pousar no outro lado da Lua em janeiro de 2019, implantando um veículo espacial lunar que já percorreu cerca de 450 metros até agora.
A próxima grande missão para Pequim é pousar uma sonda em Marte, com decolagem prevista para este ano.
"A China alcançou os EUA em algumas áreas espaciais, como observação da Terra e navegação", disse Chen.
"Mas ainda existem grandes lacunas entre a China e os EUA na exploração espacial profunda e no vôo espacial humano", disse ele, acrescentando que o EUA ainda será a "principal força espacial hoje e no futuro próximo".
Fonte: PHYS.COM
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